Eu já havia escrito algumas vezes aqui sobre o dilema ou mais precisamente a baderna que havia se instalado toda sexta-feira na minha rua que sempre foi bem tranquila e  digo isso com conhecimento de causa já que a residência onde moro está na minha família desde 1946.

Como, infelizmente em nosso país a grande maioria da população não tem ou finge não ter a menor noção de onde terminam seus direitos e começam os direitos do(s) próximo(s) o caos foi instalado.

Carros tocando funk estacionados nas portas das garagens dos moradores, pessoas usando drogas e enchendo a cara com garrafas de vodkas com coca-cola e/ou energéticos, garrafas essas que nós moradores tínhamos que recolher nos sábados, além das cápsulas de cocaína.

Como chegamos a esse ponto? Simples descaso das autoridades, um estabelecimento que deveria funcionar como restaurante começou a funcionar como casa de shows de pagode, barato pra entrar, barato pra consumir, som nas alturas pra quem não conseguísse entrar poder escutar na rua, moradores reclamando com a SEMASA, órgão responsável pela lei do silêncio em estabelecimentos comerciais do município e nada sendo feito a respeito.

Moradores ligando para o 190, escrevendo para a ouvidoria, SP TV, SP Record, Datena, Marcelo Tas … e nada sendo feito…

Na última semana um grupo de amigos, que moram na cidade e que moram em outros municípios, estados e até mesmo países se uniram e bombardearam o facebook do prefeito com uma única mensagem, que explicava o problema e finalizava informando “aguardamos uma resposta”.

A resposta veio na reunião do CONSEG que contou com a presença de moradores, Capitão do Batalhão responsável pela área, presidente do CONSEG, assessora do prefeito e representante da guarda municipal.

Nessa reunião todos tiveram a oportunidade de falar e constatar que a situação estava muito pior do que imaginávamos, com até mesmo casas sendo invadidas por jovens drogados e embreagados que transavam nos quintais.

Veja bem, não estamos falando de comunidade, de área livre e sim de um bairro classe média, onde o metro quadrado chega quase a R$2.000.

A reunião teve efeito e na sexta-feira passada, uma ação que contou com a participação de diferentes órgãos público conseguiu lacrar o estabelecimento comercial que está interditado, a Garra nas ruas intimidou os vândalos, muitas pessoas revistadas e finalmente, depois de quase um ano, os moradores conseguiram dormir na sexta-feira.

Aos 30&Alguns finalmente estou feliz com o desfecho do conjunto de ações dos cidadãos que resolveram lutar ao invés de empacotarem as coisas e mudarem… agora basta aguardar para ver se as autoridades conseguirão manter a ordem e a paz no bairro … estamos de olho …

By Veri Serpa Frullani

Veri Serpa Frullani, brasileira, mãe e esposa, atualmente vive em Dubai, já morou em Nova York, São Paulo e Rio de Janeiro. Bacharel em Turismo, produtora multimída, escritora, designer de acessórios, também é editora do Portal Vida Adulta, do Geek Chic e do Firma Produções. Já editou os extintos Brazilians Abroad e Comida Brasileira. Veri Serpa Frullani tem presença e influência na internet desde 1999, já foi colaboradora de vários projetos e sites, entre eles TechTudo, Digital Drops, Olhar Digital e dos extintos Nossa Via e Deusario.

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