Ontem foi o Dia da Ecologia, foi o dia que o Lino Resende teve a idéia fantástica de nós blogueiros fazermos uma blogagem coletiva a respeito do nosso planeta. Fiquei extremamente feliz pela quantidade de blogueiros que participaram, pela troca de visitas, idéias e comentários.

Como eu já havia escrito em outro post sobre amigos virtuais, com a tecnologia, computadores e internet podemos fazer muito, por mais que pareça pouco, podemos conhecer pessoas maravilhosas (que são muitas), acabamos tendo acesso a muita informação passada de forma diferente, através de diferentes visões sobre um mesmo assunto.

O post anterior eu batia palmas pela matéria que li hoje cedo (online) e agora logo em seguida escrevo esse post sobre o Brasil não ter futuro. Parece não fazer sentido, mas faz, você logo vai entender.

Quando todos (ou a maioria) achava que não havia problemas com o planeta, que não iríamos ver/sofrer com nenhuma (li não sei aonde que é feminino) tsunami nem nada parecido, nada era feito, ninguém se mobilizava, ninguém gritava (a não ser o pessoal do Greenpeace), todo mundo seguia sua vida e ninguém se preocupava com a natureza, já que essa estava ali e não tinha para onde ir (mero engano).

Então cheguei a seguinte conclusão, enquanto nós brasileiros continuarmos a acreditar que o Brasil tem futuro, iremos dar uns gritinhos aqui, outros berros ali, mas não nos desesperaremos. Enquanto as balas dos tiroteiros não estiverem passando pela sua janela e pela minha, enquanto não tivermos que dormir embaixo da cama com medo de uma bala perdida, nós nada iremos fazer, no máximo iremos lamentar ao assistirmos o noticiário na TV.

A partir do momento que todos nós, como sociedade, como seres humanos, como irmãos aceitarmos que o Brasil não tem futuro, nesse momento de conscientização geral, creio que iremos lutar para que o barco não afunde de uma vez e que todos nós, tripulantes, não nos afoguemos.

Aos 30&Alguns após ter vivido alguns anos fora do Brasil, ao voltar vejo que o país não mudou para melhor, pelo contrário, está cada dia que passa piorando, a miséria nos rodeia, crianças mendigam pelas ruas das cidades, passamos pelos desabrigados como se não existissem, ignoramos a dor do próximo e muitos de nós acreditam piamente que grande parte das pessoas que moram em comunidades o fazem pelo simples fato de não quererem pagar impostos, (então acho que não se importam com as guerras do tráfico, balas perdidas, condições péssimas de higiene, etc) com certeza com um salário mínimo ou dois que seja, dá pra viver bem em qualquer metrópole brasileira… quem acredita nisso, deve com certeza acreditar também em Papai Noel e Coelhinho da Páscoa.

PS: obrigada a todos que passaram por aqui ontem, aos poucos irei responder todos os comentários, sejam bem-vindos a minha casa.

By Veri Serpa Frullani

Veri Serpa Frullani, brasileira, mãe e esposa, atualmente vive em Dubai, já morou em Nova York, São Paulo e Rio de Janeiro. Bacharel em Turismo, produtora multimída, escritora, designer de acessórios, também é editora do Portal Vida Adulta, do Geek Chic e do Firma Produções. Já editou os extintos Brazilians Abroad e Comida Brasileira. Veri Serpa Frullani tem presença e influência na internet desde 1999, já foi colaboradora de vários projetos e sites, entre eles TechTudo, Digital Drops, Olhar Digital e dos extintos Nossa Via e Deusario.

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