diabetes

Globalmente, há 415 milhões de diabéticos, o que corresponde a uma pessoa em cada 11 habitantes, de acordo com o Atlas da International Diabetes Federation o Brasil tem cerca de 14,3 milhões de diabéticos, número que representa cerca de 8% da população do país, que é o 4º do mundo em números absolutos de portadores da doença.

Segundo o Dr.Marino Cattalini, médico da Regional São Paulo da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM-SP), o diabetes mellitus é o mais prevalente, uma vez que, de cada 100 casos de diabetes, 92 são do tipo 2. E a doença acomete igualmente homens e mulheres. Crianças, na faixa até 15 anos representam de 4% a 5% de todos os diabéticos, lembrando que, se até 20 anos atrás todos pertenciam ao tipo 1, atualmente são observados casos de tipo 2 na população de obesos jovens.

Conforme dados do Ministério da Saúde de 2015, no Brasil há uma prevalência de indivíduos acima do peso ideal que corresponde a 53% da população, sendo 18% os obesos e 35% os indivíduos com sobrepeso, uma intervenção em termos de educação alimentar e orientação à prática de atividade física permitiria reduzir estes índices e, consequentemente, reduziria os casos de Diabetes de Tipo 2, comumente associado ao excesso de peso, bem como os casos de pré-diabetes (no Brasil há 11 milhões de pré-diabéticos).

Estão surgindo análogos da insulina que imitam a secreção basal com duração maior do efeito, e mais estabilidade e previsibilidade, e novos análogos de ação ultrarrápida para melhor imitar a secreção fisiológica na hora da refeição. Há medicamentos orais cada vez mais eficientes e que agem independentemente da insulina eliminando a glicose em excesso por via renal e a maior novidade deste ano no Brasil pode ser considerada a chegada ao mercado do aparelho que mede a glicemia através de um sensor conectado a um chip, que se encontra num adesivo aplicado ao braço e que permite saber os níveis de açúcar no sangue evitando a famosa ‘furada’ do dedo, que tanto incomoda os diabéticos.

O estudo EMPA-REG, apesentado este ano comprovou a significativa redução da mortalidade e do risco cardiovascular em um grupo de cerca de 7.000 pacientes com antecedentes de doença cardiovascular, estudados por três anos em vários centros de diferentes países, e comparados com pacientes que não receberam a droga. Eles receberam um tratamento com o medicamento empaglifozina, um inibidor da SGLT2 que elimina a glicose justamente por via urinária, reduzindo não apenas a glicemia média dos pacientes, mas também a pressão arterial.

Em 2015, no Brasil, 42% dos diabéticos que morreram tinham menos de 60 anos. No mesmo ano, 5 milhões de pessoas morreram no mundo por causa do diabetes, mais que a soma dos óbitos causados por AIDS, tuberculose e malária. No mundo 12% dos gastos com a saúde são aplicados no tratamento do Diabetes e suas complicações, dái ser extremamente importante a prevenção da doença.

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