Creio que semana passada, ou mais ou menos uns 15 dias atrás, minha irmã me ligou e disse para que eu tentasse assistir ao programa da Oprah quando o Will Smith fosse participar falando do seu novo filme que será lançado em dezembro nos E.U.A, e como eu nunca sei quantos dias após o programa passar lá ele passa aqui, ontem por sorte, surfando na tv a cabo, acabei chegando na entrevista do Will Smith na Oprah.

Acho o Will sensacional, não só pela sua carreira, que eu acompanho desde a época da série The Fresh Prince of Bel Air, conhecido no Brasil como “Um maluco no pedaço”, ok, não era o meu programa preferido, na época preferia o The Cosby Show, mas o acompanhava e devo admitir que assisti quase todos os seus filmes: Eu sou a lenda (I am legend); À procura da felicidade (Pursuit of happyness, The); Hitch – Conselheiro amoroso (Hitch); Eu, robô (I, robot); Bad boys 2; Homens de preto 2 (Men in black 2); Ali ; Lendas da vida (Legend of Bagger Vance, The);  As Loucas Aventuras de James West (Wild Wild West); Inimigo do Estado (Enemy of the State); Homens de Preto (Men in black); Independence Day; Os bad boys (Bad boys) e Seis graus de separação (Six degress of separation), além é claro do O espanta tubarões (Shark tale) onde ele era o Oscar (voz), e além de acompanhar sua carreira, ainda admiro muito a forma como ele conduz sua vida pública e como sempre fala do seu relacionamento com a esposa, e os filhos.

A primeira vez que me chamou a atenção, foi anos atrás, quando estava assistindo um programa da Oprah e ele foi entrevistado e naquela semana havia ocorrido alguma premiação estilo Grammy ou Oscar na qual o Will estava acompanhado da família e disse aos filhos para comprimentarem a Miss Oprah (na tradução senhorita Oprah, mas no Brasil seria como dizer senhora Oprah),  e aquilo havia causado um espantado na apresentadora, porque geralmente as pessoas apresentam e falam simplesmente o nome dela, e ele explicou que havia de ser ensinado desde cedo que há uma certa hierarquia nos relacionamentos.

Não fui educada chamando as pessoas de senhor ou senhora, a não ser que fossem pessoas bem mais velhas, mas na minha casa sempre chamávamos as pessoas de tio e tia e depois o nome, sendo irmão/irmã dos meus pais ou não, jamais pelo primeiro nome, pode parecer bobagem, mas não é, ao chamar pelo primeiro nome aquele se torna um igual, é o mesmo que um amiguinho da escola e até certa idade a criança precisa entender que apesar de amigos há limites entre esse tipo de amizade (lendo não sei se todos vão entender o que quero dizer), a uma ordem de respeito mais difícil de ser rompida.

Meus pais sempre receberam muito bem os amigos dos filhos, posso dizer que meus pais conhecem todos os meus amigos, conhecem de ver, saber quem é, falar oi e muitos deles de bater altos papos.

Por outro lado, tenho amigos que conheço desde a década de 80 e/ou 90, que frequentam a minha casa, conhecem a minha família, são parte/extensão da família, mas alguns eu nunca vi os pais, outros conheci poucos anos atrás, outros vi uma vez aqui outra ali e sinceramente, acho muito estranho o indivíduo não ter interesse em saber e conhecer aquela pessoa que seu filho(a) escolheu para ser amigo(a) que por esse motivo já é extremamente imporante na vida dele(a) naquela período em que a amizade durar, independentemente de ser um mês ou vinte anos.

Ontem, assistindo ao programa, um fato me chamou a atenção, minha mãe sempre fez questão de mostrar que era a nossa casa, que havia regras que deviam ser seguidas, mas era a nossa casa, ontem vi o Will Smith explicando que ele e a esposa, a atriz Jada Pinkett Smith, conversam muito com os filhos e uma regra é clara, a casa é deles, o quarto que as crianças dormem é deles, pois está dentro da casa que pertence ao casal, porém eles emprestam aquele espaço, aquele quarto para dormirem, pois quando você empresta algo a alguém você pode e tem direito de falar como você quer que seja usado, a hora que você quer que esteja limpo, como por exemplo se eu empresto o meu carro para você, posso dizer que desejo que o mantenha limpo, caso contrário, se o carro é seu, você limpa quando bem entender.

Aos 30&Alguns o que quero dizer é que apesar de não ter filhos, espero um dia ter, sou rodeada por crianças, vários amigos e primos com filhos e as idades variam  de 3 meses até 16 anos, acho importante os pais terem interesse em conhecer, mas realmente conhecer os amigos do filhos, de mostrar que a casa é nossa, é da família, que há limites, que há diferença sim no tratamento entre os amiguinhos e um adulto e que é necessário manter a ordem, em termos de limpeza no lar, simplesmente porque é o nosso lar  e se não começarmos cuidando dele, do nosso templo, como saberemos cuidar das nossas vidas?E você o que pensa, tendo filhos ou não?

By Veri Serpa Frullani

Veri Serpa Frullani, brasileira, mãe e esposa, atualmente vive em Dubai, já morou em Nova York, São Paulo e Rio de Janeiro. Bacharel em Turismo, produtora multimída, escritora, designer de acessórios, também é editora do Portal Vida Adulta, do Geek Chic e do Firma Produções. Já editou os extintos Brazilians Abroad e Comida Brasileira. Veri Serpa Frullani tem presença e influência na internet desde 1999, já foi colaboradora de vários projetos e sites, entre eles TechTudo, Digital Drops, Olhar Digital e dos extintos Nossa Via e Deusario.

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