Lendo o Digg, deparei com a notícia “Many More Girls Blog, Create, And Build Websites Than Boys“, cujo link levava a uma página do The NYTimes Online.

Segundo a matéria o protótipo da imaginação popular do que vem a ser um geek, geralmente homens, não é o que se vê por aí, uma pesquisa mostra que entre os usuários (jovens adolescentes) de Internet, os criadores primários de conteúdo Web (blogs, gráficos, fotografias, websites) são meninas adolescentes.

Um estudo publicado em dezembro pelo Pew Internet & American Life Project mostrou que entre os usuários de web entre 12-17 anos de idade, 35% das meninas contra 20% dos meninos criam ou trabalham em conteúdo web. As meninas também ultrapassam os meninos em relação a criar ou trabalhar em um website para outras pessoas e criando profiles em redes sociais (70% das meninas entre 15-17anos conttra 57% dos meninos na mesma faixa etária). Os meninos ultrapassam as meninas em relação a upload de vídeos, quase o dobro.

As explicações para a desigualdade de gênero são quase tão amplas quanto as próprias cybergirls. Martina Buttler é um exemplo, 17 anos, vive em San Francisco e foi a primeira adolescente a ter um patrocinador (Nature’s Cure – para acne) do seu podcast “Emo Girl Talk” que ela grava no porão de sua casa.Desde então, várias cempresas, incluindo o provedor de internet Go Daddy já pagaram para ter o nome mencionado em seu podcast que vai ao ar todo domingo.

Um estudo publicado em 2005, feito pela Pew Internet & American Life Project , mostrou que as adolescentes eram as criadoras primárias de conteúdo, mas de lá pra cá, em relação a blogs aumentou mais ainda, de 2004 para 2006 a quantidade de blogs dobrou e as meninas são um dos motivos.

Os resultados têm implicações além de blogar já que geralmente quem bloga tem maior probabilidade de se emprenhar em outras atividades para criar conteúdo.

Já no mundo adulto, segundo o Bureau of Labor Statistics, as mulheres possuem apenas aproximadamente 27% dos empregos relacionados a computação e matemática.

De acordo com o National Center for Women & Information Technology, em escolas americanas de ensino médio, as meninas somaram apenas 15% dos estudantes que fizeram o exame de informática em 2006, e houve um declínio de 70% no número de mulheres que ao ingressarem na universidade escolheram especializar-se em informática (entre 2000 a 2005).

Segundo o National Center for Education Statistics alguns acadêmicos argumentam que as meninas dominam ao criarem conteúdo online porque ambos sexos são influenciados por expectativas culturais.

As meninas são treinadas a criarem histórias sobre si, desde cedo aprendem como se descrever , historicamente, espera que meninas e mulheres tornem-se um ser social, habilidosas em artes decorativas. Segunda a professora do Institute for Communications Research da University of Illinois, “Isto seria chamado de feminização da Internet”.

Um estudo feito pelo Berkman Center for Internet & Society da Harvard Law School após entrevistarem jovens entre 13-22 anos, sugere que as práticas online das meninas tendem a estar no desejo de expressar, particularmente sua originalidade.

Esse desejo é evidente quando as meninas criticam os “copiadores”( pessoal do plágio) online que essencialmente roubam seus backgrounds, gráficos através de hotlinking. Esses são alguns dos motivos que em muitos blogs/website as meninas colocam avisos para não roubarem os seus conteúdos.

Aos 30&Alguns eu pergunto o que vocês acham disso tudo? Conhecem mais blogueiras ou blogueiros? Quem tem filha adolescente, acha que ela fica muito tempo em frente ao computador? Ela tem blog? Se tiver deixa o link para que possamos visitar e entender um pouco mais desse universo.

By Veri Serpa Frullani

Veri Serpa Frullani, brasileira, mãe e esposa, atualmente vive em Dubai, já morou em Nova York, São Paulo e Rio de Janeiro. Bacharel em Turismo, produtora multimída, escritora, designer de acessórios, também é editora do Portal Vida Adulta, do Geek Chic e do Firma Produções. Já editou os extintos Brazilians Abroad e Comida Brasileira. Veri Serpa Frullani tem presença e influência na internet desde 1999, já foi colaboradora de vários projetos e sites, entre eles TechTudo, Digital Drops, Olhar Digital e dos extintos Nossa Via e Deusario.

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