Lendo o CronicaNet (leitura diária) do Pulga acabei sabendo que o Daniel Bender do Goitacá lançou uma promoção onde ele irá sortear um livro (1.000 Lugares para Conhecer Antes de Morrer) para cada dez pessoas que colocarem lá no blog dele ou em seus respectivos blogs as suas piores experiências de viagem, esse post na minha opinião não é exatamente referente aos piores erros de viagens, mas fatos engraçados que eu me lembrei que aconteceram comigo e com pessoas que eu conheço.

A princípio nem pensei muito no assunto, mas como geralmente ao voltar para casa do trabalho, no ônibus fico pensando o que escrever no dia seguinte aqui no blog, quando percebi estava rindo horrores, sozinha dentro do coletivo e o cobrador e alguns passageiros olhavam para a minha pessoa como se eu estivesse drogada ou alcolizada ou os dois.

A primeira história que eu lembrei foi quando um casal de amigos da minha mãe resolveram visitar a América Latina que deu certo, formalmente conhecida como Flórida, mais especificamente a região de Orlando onde situam-se os famosos parques de diversão. O casal foi feliz da vida, sem falar inglês e na hora de pedir a primeira refeição acharam mais fácil pedir 2 cheeseburguers, ele queria uma coca-cola e ela queria um suco de laranja, eis que o esposo acena para o garçon e diz : two cheeseburguers, me one coke, my wife suck orange …. o garçon não se conteve e começou a rir, pois (pra quem não sabe inglês) ele disse que queria 2 cheeseburguers, eu uma coca-cola, minha esposa chupa laranja… ao tentar transformar suco em português para suco em inglês ele inventou uma palavra, mas que ao pronunciar soava como chupar…

Um outro casal também tinha ido conhecer a América Latina que deu certo, não falavam inglês, não foram em excursão, então não conheciam ninguém nem tinham um guia para guiá-los. Devido ao fato de não falarem inglês, não assistiam TV, dessa forma não viram no noticiário que os parques estariam fechados naquele dia devido a um furacão. Eis que o casal feliz da vida, coloca os pimpolhos no carro e começam a rumar em direção aos parques, notam que não há ninguém na estrada a não ser eles e depois de um bom tempo dirigindo são parados pela polícia, não entendem nada, o que os salva é que como na Flórida o inglês é a segunda língua e a primeira é o espanhol, conseguiam depois de algum tempo entender o que o policial estava tentando explicar…

Quando eu era pequena, meu pai achou que seria legal passarmos as férias em um hotel fazenda, que as crianças da cidade (na época Sampa) tinham que ver vacas, porcos, galinhas, etc… então alugou um chalé super bacana para passarmos 15 dias das férias. No segundo dia ele resolveu que seria legal se aprendessemos a pescar, foi até a sede e perguntou como chegava em um dos lagos, alugou as varas e lá fomos nós super happy com a nova experiência. No início tudo a maior alegria, quando deu meio-dia eis que quando olhamos para um dos lados do rio, vem em nossa direção uma quantidade infinita (não era infinita mas eram mais de 15) bois, vacas e bezerros…

O rapaz que trabalhava na fazenda esqueceu de avisar que ao meio-dia eles soltavam os bois, vacas e cia limitada para irem dar um passeio e beber água no lago onde estávamo pescando.

Minha mãe logo se apavorou, não era por menos, não estava acostumada ao mato, nem animais e ainda tinha 4 crianças com ela. Meu pai fez com que nós 5 (4 crianças + a minha mãe) nos escondessemos no mato, agora eu acho a situação hilária, mas na hora eram as meninas chorando, meu irmão preocupado com os peixes que ele pescou, minha mãe querendo voltar pra Sampa e o meu pai tentando manter a calma ….

Nesse mesmo hotel fazendo, em uma outra viagem, estávamos em outro lago, não vlotamos mais no lago onde os animais bebericavam, de repente eu olho para o tenis da minha prima, naquele pézinho nº30 e vejo uma aranhã cabeluda, preta, horrorosa … tentando não deixá-la assustada, eu olho calmamente para ela e informo, fulana, tem uma aranha no seu tênis, devido a minha calma ela pensa que é mentira, quando ela finalmente olha para o tênis e vê, começa a berrar (imagina uma menina de 10 anos berrando), correr e chorar.

Nesse momento minha mãe vê a coitada nessa situação e pergunta o que foi, eu começo a explicar, minha mãe nem escuta o final da explicação, apenas que tinha uma aranha na minha prima, pega uma raquete de tênis no carro e sai correndo atrás da coitada…

Meu pai que estava pescando com o meu irmão, solta tudo e sai correndo atrás delas sem saber o que estava acontecendo … depois da situação acalmada, pergunto para minha mãe o que ela iria fazer com a raquete, eu fiquei horrorizada, achei que ela iria bater na minha prima e ela explica que pensou que a aranha estivesse nas costas e que iria acalmar a minha prima e tentaria fazer com que a aranha fosse parar na raquete para ela jogar longe….

Última história … quando fui pro Chile com a minha amiga, estava um frio horrível e a gente resolveu comprar meia térmica para vestir embaixo da calça jeans, perguntamos para a irmã dela se tinha, e ela explicou onde era a loja e anotou tudo em um papel e deixou em cima da mesa, sabe como é adolescente, nos arrumamos e esquecemos o papel.

Chegamos no centro e começamos a procurar a loja, encontramos, ficamos andando e procurando e nada, eis que vem a vendedora tentar nos ajudar, não sei porque cargas d´água minha amiga vira para a vendedora e diz séria, “nosotras queremos pleinas térmicas”, a mulher olha com uma cara estranha, vai lá dentro da loja, chama outras vendedoras, todas voltam para onde estams, ficam tentando entender o que era, se pleinas era alguma marca e nada, no final falaram que alí não havia pleinas, conclusão, voltamos para casa sem as meias térmicas.

Quando chegamos a irmã dela perguntou se tínhamos comprado e nós explicamos que não, que na loja que ela indicou não havia pleinas térmicas, ela teve um crise de riso e peguntou o que eram pleinas…

Aos 30&Alguns vejo que algumas situações que na hora parecem trágicas, anos depois é bom relembrar e poder rir de tudo, afinal viver vale muito a pena.

By Veri Serpa Frullani

Veri Serpa Frullani, brasileira, mãe e esposa, atualmente vive em Dubai, já morou em Nova York, São Paulo e Rio de Janeiro. Bacharel em Turismo, produtora multimída, escritora, designer de acessórios, também é editora do Portal Vida Adulta, do Geek Chic e do Firma Produções. Já editou os extintos Brazilians Abroad e Comida Brasileira. Veri Serpa Frullani tem presença e influência na internet desde 1999, já foi colaboradora de vários projetos e sites, entre eles TechTudo, Digital Drops, Olhar Digital e dos extintos Nossa Via e Deusario.

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